sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sorriso da morte

Já me peguei forçando um sorriso sem graça na frente do espelho só por lembrar que "sorrir é o melhor remédio". Ainda não sei se fiz isto por ironia pura ou para ver se realmente surtiria algum efeito. Minha conclusão foi que sorrir com a boca está mais para veneno do que para remédio.
Nos sorrisos que são abertos para conhecidos em restaurantes; em saudações "automáticas" dadas aos indivíduos com os quais nos encontramos na rua; naquelas "comemorações" familiares em que sempre há alguém que não queremos ver; em saudações pós-culto/igreja; em rápidos cumprimentos nos corredores de universidades: penso que, muitas vezes (quase sempre em determinadas pessoas), há traços de morte e desespero, de ódio e conformismo escondidos por trás de máscaras facilmente detectáveis por pessoas que, ao menos um pouco, são observadoras.
Vejo que, quando um de nós sorri com falsidade e desgosto, apenas exteriorizamos o mal que há dentro de nós, o qual, como em um espelho, reflete, e retorna para nós, trazendo um leve aperto no coração e uma tristeza aparentemente sem sentido.
Via de regra, acredito que a morte de espírito seja detectável em um sorriso com a boca. Para mim, um verdadeiro sorriso não é dado pela boca, apenas, mas pelo conjunto de músculos espalhados pelo que nós chamamos de "rosto". Este sim é o sorriso capaz de alegrar, encantar e trazer a cura para a alma humana. Trata-se de um sorriso natural e espontâneo; alegre e contagiante; verdadeiro e poderoso; que demonstra o bem e as boas intenções. Este é o sorriso da vida.
Tenham uma ótima semana.

Um comentário:

  1. O sorriso válido, ao meu ver, é aquele dado com os olhos. Pode até ser falso, mas a pessoa tem que ser boa pra conseguir, vale aí por mérito.

    Abraço

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